Mauricio Burity contesta Marcus Alves e diz: em oito anos à frente da Funjope, ele diz deixado grande legado para a cultura de João Pessoa
O presidente da FUNJOPE, Maurício Burity enviou ao portal WSCOM conteúdo contestando o futuro dirigente Marcus Alves por análises críticas à gestão que está sendo concluída.
– Nos últimos oito anos, a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), desenvolveu uma política de valorização da arte e dos artistas da Capital, fomentando os diversos segmentos da área, desde a cultura popular à música erudita. Tendo à frente nossa condição, Maurício Burity, que manteve diálogo constante com a classe artística, a Funjope diversificou suas ações, investindo também na formação de novos talentos. Neste período, foi a gestão que mais incentivou as manifestações culturais através de editais que garantiram equilíbrio na disputa e transparência nos processos.
Ele adicionou: Embora os shows sejam de extrema importância, pois “o artista tem que ir onde o povo está”, a atuação da Fundação nesses oitos anos foi muito além dos eventos, pois criou uma identificação da população com a cultura local.
Para ele, com esse objetivo, a Funjope levou a arte para bairros e comunidades de João Pessoa com as Oficinas Culturais nos Bairros, nas quais, por meio de edital, os artista/oficineiros mostravam sua arte ao mesmo tempo em que transmitiam conhecimento à população. Teve também o fomento dos Pontos de Cultura.
MAIS ABORDAGEM – Segundo ele, no campo da música, nunca se fez tanto. Ainda em 2013, quando assumiu a Funjope, na gestão de Luciano Cartaxo, Maurício Burity foi responsável pela criação da Orquestra Sinfônica Municipal, bem como do Festival Internacional de Música Clássica, que em sete edições trouxe a João Pessoa músicos de vários países para apresentações gratuitas e masterclasses.
Ainda na música, uma das grandes marcas da gestão de Maurício Burity na Funjope, foi o projeto Ação Social pela Música, que promove a inclusão social de crianças e adolescentes nas unidades do Alto do Mateus, Mangabeira, Gervásio Maia e Bairro dos Novais.
A Funjope criou o Forró na Feira, projeto realizado em parceria com Fórum do Forró de Raiz, no qual os artistas se apresentam todos os sábados na Feirinha de Tambaú, levando o autêntico forró para pessoenses e turistas, divulgando a cultura nordestina, e garantindo renda e divulgação do trabalho desses artistas.
A Funjope também promoveu um programa de estimulo à cadeia produtiva da cultura através da geração de ocupação e renda para artistas e trabalhadores da cultura através de projetos como o Anima Centro, que engloba as apresentações de música, cultura popular, teatro e circo, além de feiras e exposições no Parque da Lagoa, Praça da Independência, Parque da Bica, Pavilhão do Chá, Hotel Globo, Casa da Pólvora, Villa Sanhauá, entre outros, assim como foram aprimoradas as condições da cultura popular, por meio da qualificação e da melhoria do Carnaval, com aumento de cerca de 80% no valor da subvenção, e do ciclo junino.
Nas artes visuais, a gestão de Maurício Burity na Funjope foi pioneira no lançamento de editais de ocupação da Galeria Casarão 34, valorizando a produção artística deste importante segmento da cultura; além de realizar o Salão Municipal de Artes Plásticas (Samap) e oferecer oficinas de aprimoramento.
No audiovisual, a Funjope colocou em prática a maior política para o segmento já vista no Estado da Paraíba em todos os tempos. Ao longo de oito anos, a Fundação investiu, em parceria com a Agência Nacional do Cinema (Ancine), R$ 7.975.000 na produção de 45 filmes, entre telefilnlmes, curtas, médias e longas-metragens. Alguns desses filmes participaram de festivais de cinema dentro e fora do Brasil, conquistando, inclusive, prêmios em alguns deles.
A Funjope realizou, ainda, três edições da Mostra Walfredo Rodriguez, que este ano, devido à pandemia, foi totalmente online, além de diversas atividades de formação, a exemplo do Laboratório de Desenvolvimento de Projetos Audiovisuais, o W.R_Lab, e deixa em andamento o novo edital Walfredo Rodriguez, com investimento assegurado de R$ 1,2 milhão.
Equipamentos culturais – Como diretor executivo da Funjope Maurício Burity articulou junto ao Ministério da Cultura a adesão do município para criação do Sistema Municipal de Cultura, votado este mês na Câmara Municipal.
Além disso foi viabilizada a construção do Centro Cultural de Mangabeira e dos Centros de Artes e Esportes Unificados Gervásio Maia e do Vale das Palmeiras, como também a reforma do Centro Cultural Casa da Pólvora.