Israel inicia, neste domingo (13), uma nova etapa de sua história depois que uma votação no Parlamento ratificou uma “coalizão de mudança” no poder, derrubando o premiê Benjamin Netanyahu.
O Knesset se reuniu numa sessão especial para que o líder da oposição, o centrista Yair Lapid, e o chefe da direita radical Naftali Bennett apresentassem a equipe do novo governo, que em seguida foi ratificada em votação. Bennet é o novo premiê.
Na avaliação de Guga Chacra, comentarista da GloboNews, este não deve ser o fim da carreira de Benjamin Netanyahu. Assista ao comentário:
A coalizão é bastante heterogênea, pois inclui:https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
- dois partidos de esquerda;
- dois partidos de centro;
- três partidos de direita ;
- um partido árabe, pela primeira vez num governo de Israel.
A frente foi formada com o principal objetivo de remover Netanyahu e conseguiu uma apertada maioria necessária 60 votos a favor, 59 votos contra e uma abstenção.
Netanyahu, de 71 anos, está sendo julgado há um ano por suspeita de corrupção. Protestos pedindo sua renúncia ocorrem há meses. O último deles foi na noite de sábado.
Em frente à sua residência oficial em Jerusalém, os manifestantes não esperaram a votação no Parlamento para celebrar a “queda” do “rei Bibi”, o apelido de Netanyahu, que foi chefe de governo de 1996 a 1999 e, depois, de 2009 a 2021.
“A única coisa que Netanyahu queria era nos dividir, uma parte da sociedade contra a outra, mas amanhã estaremos unidos, direita, esquerda, judeus, árabes”, disse Ofir Robinsky, um manifestante.
‘Transição pacífica’
A nova coalizão será liderada por Bennett, chefe do partido de direita Yamina, pelos primeiros dois anos, e depois por Yair Lapid por um período equivalente.
O partido Likud de Netanyahu se comprometeu com uma “transição pacífica de poder” após mais de dois anos de crise política com quatro eleições, cujos resultados não permitiram a formação de um governo ou levaram a uma união nacional que durou apenas alguns meses.
G1