O vice-presidente do Senado Federal, Veneziano Vital do Rêgo (MDB), durante entrevista ao programa 60 minutos, do Sistema Arapuan de Comunicação, afirmou que há fundamentos, mas não acredita que o ‘superpedido’ de impeachment contra o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) dê prosseguimento na Câmara Federal. A ação veio em resposta ao documento protocolado por partidos políticos, parlamentares e entidades da sociedade civil nesta quarta-feira (30).
Segundo o vice-presidente do Senado, mesmo antes das recentes denúncias apontadas pela CPI da Pandemia, já haviam outros pedidos de investigação em aberto contra o presidente e nenhum deles deu prosseguimento, seja com o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), ou com o atual Arthur Lira (PP).
“Eu tenho falado há algum tempo, antes mesmo de Arthur Lira assumir a presidência da Câmara, onde eu disse que fundamentos existem em sobejamente, ou seja, os fatos existem mesmo antes desses últimos que foram trazidos na última semana, haviam razões para que houvessem um acompanhamento, uma investigação, isso é fato. O presidente Rodrigo Maia não acatou, não recebeu para investigar, assim como o Arthur Lira”.
“Sob o ponto de vista político, você acredita que o presidente [Bolsonaro] não tenha na Câmara uma base política consistente para evitar? Ele tem e é por isso que eu não acredito. E não vou dizer que acredito para ser para alguns apenas simpático, alimentar expectativas do processo de investigação, não acredito que ocorra”, afirmou Veneziano.
O senador apontou, porém, que esse cenário pode mudar através do sentimento popular nas ruas e ao decorrer das investigações contra o Bolsonaro na CPI da Pandemia. “Digo isso muito em razão de você depender daquilo que seja presencialmente assistido nas ruas em tamanha escala que assim force, mova, sensibilize e convença os agentes políticos na Câmara dos Deputados. Então fundamentos existem, mas não acredito que o presidente Arthur Lira vá abrir e colher um processo de investigação”, pontuou o vice-presidente do Senado.
Redação/Portal Paraíba