Neste sábado, 19, é comemorado no Brasil o Dia do Cordelista. A literatura de cordel é muito conhecida no Nordeste por causa das rimas. Este estilo nasceu na Europa, passou por Portugal e Espanha e chegou ao Brasil, por meio dos colonizadores. O Dia do Cordelista é uma homenagem a Leandro Gomes de Barros, conhecido como o pai do Cordel, nascido em 1911, na Paraíba.
A Literatura de Cordel é um gênero literário popular, escrito frequentemente de forma rimada, originada de relatos orais e depois impressos em folhetos. A literatura de cordel se popularizou no Brasil nas regiões Norte e Nordeste, sendo hoje difundida em todo o território nacional. Publicada em pequenas brochuras impressas, o termo “cordel” vem do fato de serem apresentadas penduradas em cordas – ou cordéis.
Além de gênero literário, o cordel era veículo de comunicação e ofício, garantindo a fonte de renda de muitos cordelistas. Popularizado no século XIX, tornou-se uma forma de expressão da cultura brasileira, trazendo contribuições da cultura africana, indígena, europeia e árabe, entoando as tradições orais, a prosa e a poesia.
Os poetas cordelistas modernos definem o cordel como gênero literário obrigatoriamente de três elementos principais: a métrica, a rima e a oração. Esses elementos, associados às xilogravuras, que são as ilustrações das histórias estampadas nas capas dos livretos, formam a literatura de cordel.
PARAÍBA – A Paraíba conta com a Academia de Cordel do Vale do Paraíba, entidade presidida pelo poeta Marconi Araújo, servidor da Justiça Federal no Estado. A entidade mantem uma parceria com o Centro Cultural Ariano Suassuna, do Tribunal de Contas, e, juntos, criaram o já tradicional sarau intitulado “POEMAS E CANTOS DA CIDADE”, que acontece toda última quinta-feira de cada mês, no auditório do CCAS, reunindo poetas, músicos e a comunidade cultural de todo o Estado. A Academia de Cordel do Vale do Paraíba – ACVPB, nasceu na cidade de Itabaiana – PB, no dia 24 de janeiro de 2015, em homenagem ao Sesquicentenário do Poeta Leandro Gomes de Barros, sob os auspícios de cordelistas e repentistas dos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.