Artistas fizeram questão de se posicionar após polêmica proibição do TSE
Durante a sua apresentação na tarde deste domingo (27) a banda de rock Fresno desrespeitou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que havia poucas horas antes proibido manifestações eleitorais por parte dos artistas no festival. A banda utilizou o telão do evento para projetar uma imagem com os dizeres “Fora, Bolsonaro” enquanto o vocalista da banda Lucas Silveira gritou a mesma coisa no microfone.
Em seguida, o cantor Lulu Santos, que fez uma participação especial no show da Fresno, declarou: ““Como disse a Carmen Lúcia, cala boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu”. Nesta manhã, o ministro Raul Araújo havia atendido pedido do PL da véspera e vetado atos que configurem propaganda eleitoral no festival, estabelecendo uma multa de R$ 50 mil por novas ocorrências.
Na decisão, o relator ressalta que a Constituição Federal assegura a livre manifestação do pensamento, “a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. No entanto, os artistas mencionados no processo “fazem clara propaganda eleitoral em benefício de possível candidato ao cargo de Presidente da República”.
“Os artistas e cantores referidos que se apresentaram no evento musical em testilha, além de destilar comentários elogiosos ao possível candidato, pediram expressamente que a plateia presente exercesse o sufrágio em seu nome, vocalizando palavras de apoio e empunhando bandeira e adereço em referência ao pré-candidato de sua preferência”, diz o ministro no documento.